Fernando Siqueira Carvalho é um grande apreciador das maiores obras de engenharia moderna, por isso compartilha conosco neste artigo um pouco sobre a Ponte de Öresund, que liga a Suécia e a Dinamarca, mais especificamente Copenhague a Malmö. A obra é conhecida também como Ponte do Impossível, pois passa no meio do mar báltico, cortando um estreito que separa os dois países.
Com extensão de 7.800 km, a estrutura é a mais longa ponte ferroviária e rodoviária da Europa, além de ser uma das mais fotografadas do mundo graças à ilha artificial, localizada no meio do, que serve de interface de transição para um túnel subaquático (e subterrâneo) com cerca de 4 quilômetros de comprimento. Então, o comprimento total da ponte é de 12 quilômetros.
Com obras iniciadas em 1995 e inaugurada em 2000, a Ponte de Öresund se tornou o principal meio de trânsito da região. Mas não é muito inusitado construir uma estrutura que atravessa uma grande via navegável que depois transita para um túnel submerso? Fernando Siqueira Carvalho explica que não. Segundo ele, os engenheiros estudaram métodos onde a ponte fosse larga o suficiente para permitir com que o tráfego marítimo continuasse na região. No entanto, a ponte também não podia ser tão alta que obstruísse o aeroporto de Copenhague nas proximidades.
Foi por isso que essa maravilha da engenharia foi construída em cima de diversas restrições e processos de transição como, por exemplo, a estrutura de uma ponte para um túnel, que deu o resultado final dos três complexos: ponte, túnel e ilha artificial. Além disso, a Öresund é composta por uma autoestrada destinada ao tráfego rodoviário, na parte superior de concreto, com 6 pistas, duas para circulação de carros, duas vias férreas e mais duas de emergência.
Fernando Siqueira Carvalho informa que para fazer a travessia é importante estar com o passaporte em dia, uma vez que a ponte transita de um país até outro e pagar um pedágio. Ademais, a ponte também é uma das poucas construções do mundo que não prejudicam o meio ambiente, uma vez que tem como base mais de 55 milhões de toneladas de segmentos e hoje, na ilha artificial, abriga mais de 500 espécies de plantas, um verdadeiro paraíso para os biólogos.