A indústria tem sempre algo novo para mostrar. Tecnologias disruptivas, iniciativas transformadoras, novas tendências de mercado e um vislumbre de como a ciência vai transformar o dia a dia das empresas e das pessoas em um futuro muito próximo. Essas e outras novidades têm um ponto de encontro, a Hannover Messe, a maior feira internacional de tecnologia industrial, que anualmente expõe as principais tendências em tecnologia para superar desafios globais.
O Brasil, aliás, faz parte da história da feira sediada na cidade do norte da Alemanha desde 1947. Em 1980, o evento passou a contar com um “país parceiro”. Naquela edição, o Brasil foi o primeiro país a expor e exibir o estado de arte de sua indústria, marco homenageado pela Casa da Moeda com a série comemorativa de seis moedas e uma medalha de prata – um conjunto superior a R$ 1 mil em leilões voltados a numismatas.
Passados 43 anos, a Feira de Hannover volta a ser vitrine para o mundo da força da indústria brasileira. Nesta edição, que ocorre de 16 a 21 de abril, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Social da Indústria (SESI) vão realizar mais uma missão empresarial com o objetivo de prospectar negócios e novas tecnologias e, ainda, apresentar às 80 mil pessoas esperadas as ações do setor produtivo na agenda de baixo carbono.
“A Feira de Hannover concentra o que há de mais relevante na fronteira tecnológica. Para a indústria brasileira, o evento é parte de uma jornada internacional para se posicionar como protagonista na agenda global de descarbonização, na transição energética e na bioeconomia. Para o público que estará lá, também será oportunidade de conhecer os avanços em pesquisa e inovação realizados aqui”, explica o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
A missão vai conduzir um time brasileiro de empresários e representantes da indústria no evento, além de expor soluções inovadoras e apresentar projetos com foco na captação de investimentos estrangeiros. Para começar com o pé direito, conheça mais sobre a história, as temáticas, as parcerias e as premiações que compõem a Feira de Hannover 2023. Vamos lá?
Como tudo começou
Em 1947, a Alemanha se reconstruía após a Segunda Guerra Mundial, encerrada dois anos antes. A realização da Feira de Hannover, pela empresa Deutsche Messe AG, fundada no mesmo ano, fazia parte de uma estratégia nacional de reestabelecer a economia do lado ocidental, com foco nas transformações trazidas pela indústria da época.
O sucesso foi instantâneo. Na primeira edição, mais de 700 mil visitantes de 53 países lotaram a cidade durante três semanas. Segundo dados da Hannover Messe, contratos de exportação foram firmados e cerca de US$ 32 milhões foram movimentados.
O que acontece no evento
Este ano, a feira ocorrerá entre 16 e 21 de abril, e o Brasil está se preparando para apresentar o estado da arte nos esforços do setor na transição para uma indústria descarbonizada, tudo isso perante um público estimado de 80 mil visitantes de todas as partes do mundo. As rodadas networking também são oportunidades importantes de prospectarem parcerias e futuros negócios.
Isso tudo ocorre na maior estrutura de eventos do mundo, composta por 24 salões e pavilhões, futuramente ocupados pelos mais de 4 mil exibidores com mais de 8 mil produtos e soluções para apresentar. Mas afinal, o que é feito na Feira de Hannover?
Alinhados com o tema “Transformação Industrial: Fazendo a Diferença”, norteador desta edição, milhares de empresários, representantes de governos e entidades setoriais de todo o mundo vão comparecer para expor tecnologias, participar de workshops, ministrar palestras, expandir a rede de contatos e se atualizar.
Em 2023, as principais tendências são conectividade e neutralidade climática. A partir disso, serão abordados tópicos como inteligência artificial, gerenciamento de energia, produção neutra em carbono e indústria 4.0.
“Os tópicos estão conectados com a agenda da CNI em prol do avanço da indústria em bases sustentáveis. Dessa forma, a Missão Prospectiva Hannover 2023 contribuirá para a reintegração do protagonismo da indústria brasileira no crescimento da economia e ilustrará o cenário global de grandes transformações”, declara Sarah Saldanha, gerente de Serviços de Internacionalização da CNI.