A atividade econômica brasileira enfrentou uma leve retração de 0,1% no segundo trimestre de 2024 em comparação ao trimestre anterior, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Este é o primeiro recuo trimestral registrado desde o segundo trimestre de 2021, com a queda sendo impulsionada principalmente pela indústria e pelo consumo das famílias.
O setor industrial foi o principal responsável pela retração, apresentando uma redução de 1,3% durante o período analisado. O consumo das famílias, que representa o maior componente do PIB, também experimentou uma diminuição, de 0,3%. Em contraste, o setor de serviços cresceu 0,2%, e a agropecuária teve um aumento de 1,1%.
A queda na indústria foi provocada pela desaceleração na produção de bens de consumo duráveis, como automóveis e equipamentos, além da redução na fabricação de bens de capital, incluindo máquinas e equipamentos. O consumo das famílias foi afetado pela diminuição nas despesas com bens e serviços, particularmente com alimentos e bebidas.
Apesar do desempenho razoável da economia brasileira nos trimestres anteriores, impulsionado pelo consumo das famílias e pelo setor de serviços, a desaceleração industrial e a diminuição do consumo das famílias resultaram na retração observada no segundo trimestre de 2024.
Além disso, a desaceleração na produção industrial, que havia sido um dos principais motores do crescimento econômico recente, contribuiu para a retração. A diminuição do consumo das famílias também pode ter sido impactada pela desaceleração no crescimento do emprego e da renda.
O IBGE também reportou uma retração de 1,5% na formação bruta de capital fixo, que abrange investimentos em construção civil e na aquisição de máquinas e equipamentos. Esse dado sugere uma possível redução no apetite dos empresários por novos projetos e expansões.
A retração econômica pode influenciar a política econômica do governo e as expectativas de crescimento para o restante do ano. Há uma necessidade potencial de reavaliação das estratégias para estimular o crescimento econômico e garantir a estabilidade financeira.
Em resumo, o segundo trimestre de 2024 viu uma leve retração na atividade econômica brasileira, atribuída principalmente à indústria e ao consumo das famílias, com possíveis implicações significativas para a política econômica e as projeções de crescimento futuro.