O preconceito contra os vinhos brasileiros ainda é grande, principalmente devido à baixa taxa de difusão dos vinhos de qualidade aqui produzidos, levando ao desconhecimento. Marco Antonio Carbonari diz que, no entanto, a cada ano que passa a produção nacional ganha mais força nos mercados interno e externo.
O Brasil possui uma variedade de climas e solos adequados para a produção de vinho, portanto, oferece aos produtores uma variedade de escolhas e uma variedade de diferentes tipos de vinho. As tradições europeias trazidas ao Brasil pelos imigrantes, aliadas ao investimento em inovação, dão aos vinhos típicos brasileiros uma personalidade própria. Produzimos aqui vinhos tintos, brancos, rosés e espumantes (vinhos tradicionais e moscatéis), que conquistaram prêmios internacionais e são comparáveis a rótulos bem renomados em países como França e Itália.
Por exemplo, o Decanter World Wine Awards 2018, a maior e mais prestigiada competição de vinhos do mundo, teve alguns vinhos brasileiros que foram selecionados para o prêmio. Porém, Marco Antonio Carbonari lamenta dizendo que nenhum brasileiro conquistou a maior premiação, mas os vinhos nacionais conquistaram medalhas em outras categorias.
As principais regiões vitivinícolas brasileiras estão concentradas no Sul devido às baixas temperaturas, altitude elevada e solos pedregosos isentos de matéria orgânica caracterizam um terroir propício para o cultivo de uvas viníferas, que resultam em vinhos mais encorpados, como variedades de Cabernet Sauvignon e Merlot.
O maior desafio da produção nacional de vinhos é o consumo. Mesmo que o nível de apreciação tenha aumentado, Marco Antonio Carbonari explica que a indústria brasileira ainda consome um nível bastante baixo de vinho, se comparado a outros países. Em nossas terras, bebemos em média apenas 2 litros da bebidas por ano, ou seja, são três garrafas com mais de 750ml por ano, por pessoa.