Segundo o urologista Lawrence Aseba Tipo, a cistite intersticial é uma condição crônica e debilitante que afeta a bexiga e pode comprometer significativamente a qualidade de vida de quem a desenvolve. Isto posto, caracterizada por uma dor pélvica persistente, urgência urinária e micção frequente, a doença desafia tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde em sua abordagem clínica. Pensando nisso, a seguir, veremos os principais sintomas e hábitos de prevenção dessa condição.
O que é cistite intersticial? Confira com Lawrence Aseba Tipo
A cistite intersticial, também conhecida como síndrome da bexiga dolorosa, é uma condição inflamatória crônica que afeta a parede da bexiga. De acordo com o médico urologista Lawrence Aseba, a doença provoca irritação e sensibilidade local, mesmo na ausência de infecção urinária detectável. Desse modo, diferente das infecções comuns, esse tipo de cistite não tem causa bacteriana evidente e seus sintomas podem persistir por meses ou anos.

A doença atinge principalmente mulheres na faixa dos 40 anos, mas também pode afetar homens. A dor na região pélvica é constante, e a necessidade urgente de urinar pode ocorrer dezenas de vezes por dia, inclusive à noite. Assim sendo, em muitos casos, os sintomas se confundem com outras doenças urológicas, o que dificulta o diagnóstico precoce.
Como é feito o diagnóstico da cistite intersticial?
O diagnóstico da cistite intersticial é clínico e envolve exclusão de outras doenças do trato urinário. Conforme informa Lawrence Aseba Tipo, exames de urina, cistoscopia e biópsia da bexiga são ferramentas fundamentais para confirmar o quadro e descartar outras condições, como infecções, cálculos ou tumores.
Aliás, durante a avaliação, o médico também verifica o histórico de sintomas do paciente, incluindo frequência urinária, dor e hábitos relacionados ao consumo de líquidos e alimentos. Embora o processo diagnóstico possa ser longo, sua realização completa é essencial para definir o plano terapêutico adequado.
Quais são os principais sintomas?
Os sintomas da cistite intersticial são variados e podem se manifestar de forma intermitente ou contínua. Entre os mais comuns estão:
- Dor na região pélvica ou suprapúbica
- Urgência e frequência urinária acentuada
- Sensação de bexiga constantemente cheia
- Desconforto durante ou após a micção
- Irritabilidade relacionada à ingestão de certos alimentos
Esses sinais muitas vezes pioram em períodos de estresse ou em determinadas fases do ciclo menstrual. Todavia, a compreensão do padrão dos sintomas é essencial para controlar a evolução da doença.
Quais são as opções de tratamento disponíveis?
O tratamento da cistite intersticial é multidisciplinar e depende da intensidade dos sintomas. Segundo Lawrence Aseba Tipo, médico cirurgião urologista e professor da residência médica de Urologia do Hospital Estadual de Vila Alpina, as opções incluem medicamentos orais, instilações vesicais e até procedimentos cirúrgicos em casos refratários. Ou seja, não há cura definitiva, mas muitos pacientes conseguem alcançar controle significativo da doença.
As terapias farmacológicas visam reduzir a dor e controlar a frequência urinária. Já as intervenções mais invasivas são consideradas somente após o esgotamento de abordagens conservadoras. No final das contas, o tratamento contínuo e o acompanhamento com especialistas são indispensáveis para manter a qualidade de vida do paciente.
Quais hábitos ajudam a aliviar os sintomas?
A adoção de hábitos saudáveis pode fazer grande diferença no alívio dos sintomas da cistite intersticial. Veja a seguir algumas práticas recomendadas:
- Evitar alimentos irritantes: como cafeína, bebidas alcoólicas, frutas cítricas e alimentos condimentados
- Manter uma boa hidratação: beber água regularmente ajuda a diluir a urina e reduzir a dor
- Praticar exercícios leves: como caminhadas e alongamentos, que ajudam na circulação e reduzem o estresse
- Evitar roupas apertadas: principalmente na região pélvica, para reduzir a pressão sobre a bexiga
- Estabelecer uma rotina de sono adequada: o descanso contribui para a recuperação do corpo e o controle emocional
Incorporar esses hábitos ao cotidiano não substitui o tratamento médico, mas auxilia de forma significativa no bem-estar do paciente. Dessa maneira, o equilíbrio entre terapias e estilo de vida é o caminho mais promissor.
É sim possível viver bem com cistite intersticial
Em conclusão, a cistite intersticial é uma condição que, embora desafiadora, pode ser controlada com acompanhamento adequado e mudanças no estilo de vida, como pontua Lawrence Aseba. Isto posto, o conhecimento sobre os sintomas, as possibilidades de diagnóstico e as opções terapêuticas permite ao paciente atuar de forma ativa no seu tratamento. Assim sendo, com um suporte médico qualificado é possível minimizar o impacto da doença e viver com mais qualidade de vida.
Autor: Vyacheslav Gavrilov