Oluwatosin Tolulope Ajidahun comenta que o tratamento oncológico representa um marco importante na vida de quem enfrenta o câncer, mas também pode trazer impactos significativos sobre a fertilidade. Tanto a quimioterapia quanto a radioterapia possuem efeitos colaterais que comprometem a produção de gametas e a função reprodutiva. Diante desse cenário, torna-se essencial compreender os riscos envolvidos e conhecer as alternativas disponíveis para preservar a possibilidade de gestação futura.
Efeitos da quimioterapia na fertilidade
Segundo especialistas, os medicamentos utilizados na quimioterapia atuam de forma sistêmica para eliminar células cancerígenas, mas também afetam células saudáveis de rápida multiplicação, como as germinativas. No caso das mulheres, isso pode levar à redução da reserva ovariana e à falência ovariana precoce. Já nos homens, há risco de queda significativa na contagem e qualidade dos espermatozoides.
Além disso, a intensidade dos danos depende do tipo de droga, da dose utilizada e da idade do paciente no início do tratamento. Quanto mais jovem o indivíduo, maiores são as chances de recuperação parcial da função reprodutiva após a terapia.

Impactos da radioterapia na capacidade reprodutiva
Tosyn Lopes explica que a radioterapia, quando aplicada na região pélvica ou abdominal, também representa um risco elevado para a fertilidade. A radiação pode causar lesões permanentes nos ovários, no útero ou nos testículos, comprometendo a produção de gametas e até a viabilidade do útero para futuras gestações.
Outro ponto importante é que os efeitos podem ser cumulativos e irreversíveis, especialmente quando a dose de radiação é elevada. Por isso, os protocolos atuais buscam técnicas mais direcionadas para minimizar os danos aos órgãos reprodutivos, sem perder a eficácia no combate ao câncer.
Estratégias de preservação antes do tratamento
Oluwatosin Tolulope Ajidahun ressalta que, sempre que possível, a preservação da fertilidade deve ser discutida antes do início da terapia oncológica. Entre as opções disponíveis para mulheres estão o congelamento de óvulos, embriões ou tecido ovariano. Nos homens, o congelamento de sêmen é a alternativa mais consolidada, permitindo o uso futuro em técnicas de reprodução assistida.
Nos últimos anos, o congelamento de tecido testicular e ovariano vem sendo testado em casos de pacientes muito jovens, que ainda não podem recorrer ao congelamento de gametas maduros. Esses avanços ampliam as possibilidades de preservação mesmo em situações mais desafiadoras.
Avanços recentes em técnicas de preservação
De acordo com estudos atuais, a vitrificação de óvulos, técnica de congelamento ultrarrápido, tem demonstrado altas taxas de sucesso na preservação da fertilidade feminina. Essa inovação aumenta a viabilidade dos gametas após o descongelamento, tornando-se uma ferramenta essencial para mulheres submetidas a tratamentos agressivos.
No caso masculino, pesquisas sobre o uso de células-tronco para regeneração da espermatogênese apontam caminhos promissores. Embora ainda em fase experimental, essa abordagem pode oferecer esperança para homens que sofreram perda definitiva da produção de espermatozoides após a radioterapia ou quimioterapia.
O futuro da fertilidade após o câncer
Tosyn Lopes observa que a preservação da fertilidade em pacientes oncológicos já é considerada parte fundamental do cuidado integral em saúde. O acompanhamento multidisciplinar, que envolve oncologistas, especialistas em reprodução assistida e psicólogos, garante não apenas o controle da doença, mas também a possibilidade de planejar uma vida reprodutiva após a recuperação.
Esse olhar ampliado representa uma transformação significativa no tratamento oncológico, mostrando que vencer o câncer não precisa significar abrir mão do sonho de constituir família.
Fertilidade e qualidade de vida após os tratamentos oncológicos
Oluwatosin Tolulope Ajidahun salienta que preservar a fertilidade não é apenas uma questão médica, mas também de qualidade de vida e bem-estar emocional. A possibilidade de gestar ou de gerar filhos após a superação do câncer reforça a autoestima e proporciona novas perspectivas para o futuro.
À medida que a ciência avança, os pacientes encontram cada vez mais recursos para manter suas chances de reprodução, transformando uma jornada marcada por desafios em uma trajetória de esperança e conquista.
Autor: Vyacheslav
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